A
utilização da Informática como instrumento de aprendizagem e sua
ação no meio social vem aumentando de forma rápida entre nós.
Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças estruturais e
funcionais, mesmo com as resistências, frente a essa nova
tecnologia.
Segundo
FRÓES : “A tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras
ferramentas, por vezes consideradas como extensões do corpo, à
máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, ao computador
que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais, a
tecnologia nos ajuda, nos completa, nos amplia.... Facilitando nossas
ações, nos transportando, ou mesmo nos substituindo em determinadas
tarefas, os recursos tecnológicos ora nos fascinam, ora nos
assustam...”
Entretanto
o uso da informática como instrumento de aprendizagem, ainda, é
polêmica no meio escolar. No começo, quando as escolas começaram a
introduzir a Informática no ensino, percebeu-se, pela pouca
experiência com essa tecnologia, um processo caótico. Muitas
escolas introduziram em seu currículo o ensino da Informática com o
pretexto da modernidade. Mas o que fazer nessa aula? E quem poderia
dar essas aulas? A princípio, contrataram técnicos que tinham como
missão ensinar Informática. No entanto, eram aulas
descontextualizadas, com quase nenhum vínculo com as disciplinas,
cujos objetivos principais eram o contato com a nova tecnologia e
oferecer a formação tecnológica necessária para o futuro
profissional na sociedade.
Diante
dessa inovação tecnológica a reflexão sobre seu uso vem assumindo
um papel de destaque no debate escolar. Repensar uma nova prática e
construir novas formas de ação com a introdução da nova
ferramenta permitindo lidar, com essa nova realidade. O professor tem
que ir para o laboratório de informática dar sua aula e não deixar
uma terceira pessoa fazer isso por ele! GOUVÊA “O professor
será mais importante do que nunca, pois ele precisa se apropriar
dessa tecnologia e introduzi-la na sala de aula, no seu dia-a-dia, da
mesma forma que um professor, que um dia, introduziu o primeiro livro
numa escola e teve de começar a lidar de modo diferente com o
conhecimento – sem deixar as outras tecnologias de comunicação de
lado. Continuaremos a ensinar e a aprender pela palavra, pelo gesto,
pela emoção, pela afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela
televisão, mas agora também pelo computador, pela informação em
tempo real, pela tela em camadas, em janelas que vão se aprofundando
às nossas vistas...”
Esse
momento é muito importante e não se deve forçar o professor a uma
mudança de atitude diante da potencialidade expressa pelo
computador. É o momento do contato, de domínio, em que ele precisa
estar seguro diante introdução da Informática. Segundo PENTEADO
(2000) : “ Professores devem ser parceiros na concepção e
condução das atividades com TI ( Tecnologias Informáticas) e não
meros espectadores e executores de tarefas.” O importante é que o
professor se sinta como uma peça participativa do processo e que a
aula continua sendo dele, apesar de ser preparada, na sua forma, por
um instrumento estranho ou por outra pessoa. Nesse momento ele
observa a Informática como um novo instrumento, um giz diferente! E
usa, com mais freqüência, os softwares educacionais existentes na
praça.
A
Informática educacional, como podemos notar, deve fazer parte do
projeto político pedagógico da escola, projeto esse que define
todas as pretensões da escola em sua proposta educacional. Assim não
será visto como um substituto ou um concorrente do professor.